Melanoma com metástase bilateral em ovários: relato de caso em paciente jovem com BRAF mutado
DOI:
https://doi.org/10.5327/JBG-2965-3711-2025135105Palavras-chave:
melanoma, metástase, ovário, BRAFResumo
Introdução: O melanoma cutâneo figura como principal causa de óbitos relacionados às neoplasias da pele. Avanços medicamentosos têm desempenhado papel crucial na redução da mortalidade, sobretudo em pacientes com mutação no gene BRAF, direcionando terapias específicas para esse oncogene. Relato de caso: Mulher de 27 anos diagnosticada com melanoma em membro superior direito, tratada com amputação do membro. Após quatro anos, foi transferida para outro serviço, por queixas de cefaleia intensa, náuseas, diminuição progressiva da acuidade visual, vômitos e perda ponderal nos últimos dois meses. Exames de imagem revelaram múltiplos nódulos na região encefálica, além disso foram identificadas massas ovarianas bilaterais. A análise histológica e imuno-histoquímica, após ressecção cirúrgica, confirmou a origem metastática em ambos os locais. Além disso, o estudo molecular do gene BRAF revelou a presença da mutação na paciente. O plano terapêutico da equipe médica incluía a administração de Dabrafenibe e Trametinib, agentes direcionados à terapia anti-BRAF, porém a paciente foi a óbito no período de espera pelo tratamento. Discussão: Entre os locais de metástase de melanoma cutâneo, destacam-se órgãos ginecológicos em mulheres em idade fértil. A mutação no gene BRAF está frequentemente associada ao diagnóstico de melanoma em pacientes jovens, de ascendência caucasiana e com alta exposição solar. Nos casos metastáticos, terapias-alvo direcionadas têm demonstrado eficácia quando iniciadas precocemente. Conclusão: O melanoma continua sendo uma doença desafiadora, demandando abordagem multidisciplinar para avaliação de casos disseminados, exigindo intervenção rápida e individualizada.
Introdução: O melanoma cutâneo figura como principal causa de óbitos relacionados às neoplasias da pele. Avanços medicamentosos têm desempenhado papel crucial na redução da mortalidade, sobretudo em pacientes com mutação no gene BRAF, direcionando terapias específicas para esse oncogene. Relato de caso: Mulher de 27 anos diagnosticada com melanoma em membro superior direito, tratada com amputação do membro. Após quatro anos, foi transferida para outro serviço, por queixas de cefaleia intensa, náuseas, diminuição progressiva da acuidade visual, vômitos e perda ponderal nos últimos dois meses. Exames de imagem revelaram múltiplos nódulos na região encefálica, além disso foram identificadas massas ovarianas bilaterais. A análise histológica e imuno-histoquímica, após ressecção cirúrgica, confirmou a origem metastática em ambos os locais. Além disso, o estudo molecular do gene BRAF revelou a presença da mutação na paciente. O plano terapêutico da equipe médica incluía a administração de Dabrafenibe e Trametinib, agentes direcionados à terapia anti-BRAF, porém a paciente foi a óbito no período de espera pelo tratamento. Discussão: Entre os locais de metástase de melanoma cutâneo, destacam-se órgãos ginecológicos em mulheres em idade fértil. A mutação no gene BRAF está frequentemente associada ao diagnóstico de melanoma em pacientes jovens, de ascendência caucasiana e com alta exposição solar. Nos casos metastáticos, terapias-alvo direcionadas têm demonstrado eficácia quando iniciadas precocemente. Conclusão: O melanoma continua sendo uma doença desafiadora, demandando abordagem multidisciplinar para avaliação de casos disseminados, exigindo intervenção rápida e individualizada.
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